segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mais indústrias na Amazônia: Marabá

O Pará vai receber investimento pesado até 2014, serão ilhões de reais serão investidos para mudar o sul e sudeste do Pará. Na cidade de Marabá, será implantada a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). É muito dinheiro, são muitos objetos espaciais novos, uma nova dinâmica se instala na cidade e seu entorno. Mas será que a cidade está preparada para tanta mudança ? Será que a cidade possui equipamentos e serviços públicos para comportar a nova dinâmica que se instalará ?
Eis a grande questão.

Alpa - A partir da licença prévia, a expectativa da Vale S.A. é iniciar os serviços de terraplanagem no mês de junho e as demais etapas da obras, em outubro. O empreendimento compreende a instalação de um sistema totalmente integrado a partir da construção de uma siderúrgica para produzir aços laminados e placas, a construção de um acesso ferroviário para receber o minério de ferro de Carajás, a construção de um terminal fluvial para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal de Vila do Conde, em Barcarena.

O município de Marabá, que amanhã completa 97 anos, vive um momento histórico. Na quarta, 31 de março, o presidente da Vale, Roger Agnelli, esteve lá para receber da governadora Ana Júlia a licença prévia da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), que a mineradora vai implantar naquela cidade. Roger Agnelli aproveitou a ocasião para anunciar o início das obras civis do empreendimento, que começam de imediato com os serviços de terraplenagem e devem alcançar em outubro próximo as demais etapas.



Mobilizando nesta fase inicial investimentos de R$ 5,2 bilhões, a Alpa deve entrar em operação em novembro de 2013. Nessa fase ela terá capacidade instalada para a produção de dois milhões de toneladas métricas de placas (aços inacabados) e 500 mil toneladas de aços laminados (bobinas a quente e chapas grossas. A diretoria da Vale já trabalha com a perspectiva, porém, de que num horizonte máximo de dez anos a indústria já poderá ter elevado a sua produção para cinco milhões de toneladas, tornando-se assim, pelo porte, uma das maiores aciarias do Brasil.



As obras de implantação da Alpa deverão gerar na microrregião de Marabá 16 mil empregos. A partir de 2013, quando a siderúrgica entrar em funcionamento, a previsão é de que serão gerados mais de vinte mil postos permanentes de trabalho, sendo 5.300 diretos, entre próprios e terceirizados, e outros 16 mil indiretos, estimados com base na capacidade germinativa desse tipo de empreendimento. O próprio presidente da Vale, Roger Agnelli, antecipou lá mesmo em Marabá que várias outras indústrias deverão se fixar no entorno da Alpa, que fica no quilômetro 14 da rodovia Transamazônica.



O poder multiplicador do empreendimento pode ser percebido já no próprio arranjo de engenharia, que compreende a instalação de um sistema totalmente integrado. Compõem esse sistema a indústria siderúrgica, para produzir aços laminados e placas, a construção de um acesso ferroviário, para receber o minério de ferro de Carajás, e a construção de um terminal fluvial no rio Tocantins, para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal portuário de Vila do Conde, no município de Barcarena.



Simultaneamente à implantação da Alpa, porém, Marabá deverá ser palco nos próximos anos de um conjunto de obras e projetos estruturantes de grande impacto social e econômico. Lá mesmo, em associação com a Vale, o grupo Aço Cearense vai implantar o projeto Aline, uma planta industrial orçada em R$ 1,5 bilhão concebida para produzir aços laminados a quente e aço galvanizado. Hoje, o grupo cearense já opera no distrito industrial de Marabá a Sinobrás (Siderúrgica Norte do Brasil S.A.), que produz em média por ano 315 mil toneladas de tarugos de aço.



Na etapa seguinte, de laminação, a Sinobrás transforma os tarugos de aço em produtos siderúrgicos prontos para a utilização (vergalhão e barra mecânica) ou destinados ao processamento posterior (fio-máquina). Na quarta e última etapa, a indústria utiliza o fio-máquina para produzir diferentes tipos de arames, bem como treliças e telas eletrossoldadas, para a construção civil.

Publicado no Diário do pará
 
Governo entrega licença prévia e marca a história do desenvolvimento no Pará

Agência Pará


Governadora Ana Júlia cumprimenta trabalhadores, entre as centenas de pessoas que chegaram ao local em caravanas para presenciar o momento histórico


Mais de 20 ônibus com caravanas de 10 municípios lotaram dependências do local erguido no Km 14 da BR 230 (Transamazônica), futuro endereço da Alpa



O jovem André Lima Alves, de 26 anos, recebe da governadora Ana Júlia o diploma do curso de preparação de mão-de-obra da Alpa



A governadora Ana Júlia Carepa e o presidente da Vale, Roger Agnelli, celebram assinatura da licença prévia para a implantação da Alpa em Marabá


A governadora Ana Júlia Carepa entregou na tarde desta quarta-feira, 31, a licença prévia da Siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), em Marabá, sudeste do Estado, com investimento de 3,7 bilhões de dólares. Centenas de pessoas chegaram ao local em caravanas para presenciar o momento histórico. Políticos, empresários, prefeitos e lideranças comunitárias se concentraram em torno da tenda armada na área do futuro pátio de minérios da siderúrgica. Ana Júlia chegou acompanhada pelo presidente da Vale S.A. Roger Agnelli e foi muito aplaudida. A licença prévia garante o início das obras de terraplanagem na futura área da Alpa em dois meses.





Em seu discurso, a governadora fez um breve balanço das obras que o Governo Popular realiza em Marabá, com destaque para a ampliação e revitalização do Distrito Industrial, no qual será erguido o novo polo metal-mecânico da região. "No Distrito Industrial nós teremos a verdadeira verticalização mineral do Estado, abrindo um novo ciclo da economia paraense", disse.


A governadora também adiantou que esteve em Brasília durante o lançamento do PAC-2, onde estão previstos mais investimentos para a região de Carajás. "Nunca o Pará recebeu tanto recurso e a cidade de Marabá está incluída com mais projetos estruturais e de benefício para povo", destacou, acrescentando ainda que, o governo está realizando obras de ampliação do sistema de abastecimento de água, duplicação da ponte sobre o rio Itacaiúnas, revitalização do bairro do Cabelo Seco, instalação de infocentros, entre outras ações que estão ajudando a melhorar o quadro sócio-econômico do município.

História - O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, disse que o Governo Popular faz história ao viabilizar empreendimentos do porte da Alpa, com repercussões na economia das regiões Norte e Centro-Oeste do País. O secretário fez uma analogia com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, por Getúlio Vargas, iniciativa que resultou na indústria automobilística e naval no Brasil, com o diferencial de que os recursos eram do tesouro nacional.



No caso da Alpa, o secretário frisou que os investimentos são da área privada, o que não compromete recursos do governo, que continuará investindo em educação, segurança, transporte, entre outros segmentos básicos para o desenvolvimento sócioeconômico do Estado. O empreendimento também terá vai gerar empregos graças à transformação do minério em aço. O secretário lembrou ainda que a obra da Alpa está associada ao término das obras das eclusas de Tucuruí e da hidrovia Araguaia-Tocantins.

"Estamos num Estado democrático que atrai o investimento e a confiança do empresariado. A instalação da Alpa é resultado de uma articulação de interesse do Governo, que resultou num investimento de seis bilhões de reais. Por isso, não temos dúvida de que esta solenidade é um divisor de água na história da indústria do Pará", disse.



Diplomas - Na solenidade, os primeiros alunos dos cursos de preparação de mão-de-obra da Alpa foram diplomados. Seis futuros colaboradores da Alpa subiram ao palco para receber o carinho da governadora Ana Júlia Carepa. O jovem André Lima Alves, 26 anos, que concluiu o curso de ferreiro-armador foi o primeiro a receber o seu diploma. Ainda emocionado, ele disse que agora tem uma profissão e que está pronto para exercê-la daqui em diante.




A dona-de-casa Carla Andressa Silva, 34 anos, recebeu o diploma do curso de cozinha industrial e disse que já prepara almoços e jantares para ocasiões festivas. "Estou muito feliz. Isso é a realização de um sonho", disse. Única mulher da turma de almoxarifado, Andiskley Gomes Santos, 31 anos, disse que o curso foi maravilhoso e que agora ela está mais preparada para enfrentar o mercado de trabalho.





Doracilda da Silva fez o curso de assistente administrativo e já está trabalhando, após conseguir uma vaga no Sine de Marabá. "Só tenho que agradecer à governadora por tudo que ela tem feito por nós", disse.





Caravanas - O espaço para oitocentos lugares ficou pequeno para tanta gente. Mais de vinte ônibus com caravanas de dez municípios lotaram as dependências do local erguido no Km 14 da BR 230 (Transamazônica), futura endereço da Alpa. Ninguém escondia a emoção por estar vivendo um dia histórico. O presidente da Associação dos Produtores Rurais da Vila Monte Sinai, área rural de Marabá, estava com 54 agricultores na festa. Ele disse que estava ali para agradecer à governadora e pedir mais apoio para aumentar a produção da vila. Segundo ele, a produção de feijão, arroz, verduras e legumes não atende a demanda. "Queremos apoio para legalizar nossa associação e vender mais", disse.





O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itupiranga, Raimundo Costa Oliveira também fez questão de parabenizar a governadora. "Fretamos dois ônibus para ver nossa governadora, pois este empreendimento vai trazer muita melhoria para o nosso povo. Governadora, a senhora está de parabéns", disse, ao informar que, nesta quarta-feira, o município de Itupiranga realizou a audiência pública sobre a hidrovia Araguaia-Tocantins.





Outras caravanas de políticos e empresários também estavam presentes. Os secretários de Estado André Farias (Integração Regional), Aníbal Picanço(Meio Ambiente) e Maurílio Monteiro (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) acompanharam a governadora Ana Júlia Carepa. A deputada Bernadete Tem Caten, os deputados federais Paulo Rocha, José Geraldo, Asdrúbal Bentes, Gerson Peres e o deputado estadual Gabriel Guerreiro também prestigiaram o evento, sendo lembrados pela governadora como partes importantes no processo de desenvolvimento do Estado.





Liderados pelo prefeito de Marabá Maurino Magalhães, prefeitos da região também acompanharam a solenidade. Para a maioria deles o momento foi de gratidão e cumprimentos à governadora pela obra da Alpa.





Alpa - A partir da licença prévia, a expectativa da Vale S.A. é iniciar os serviços de terraplanagem no mês de junho e as demais etapas da obras, em outubro. O empreendimento compreende a instalação de um sistema totalmente integrado a partir da construção de uma siderúrgica para produzir aços laminados e placas, a construção de um acesso ferroviário para receber o minério de ferro de Carajás, a construção de um terminal fluvial para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal de Vila do Conde, em Barcarena.

"O nosso papel é fomentar o crescimento da produção siderúrgica no Brasil e, para isso, estamos buscando as melhores tecnologias, os melhores processos", disse o presidente da Vale, Roger Agnelli.


Secom/Marabá

4 comentários:

Anônimo disse...

acho que a cidade de marabá uma idade sem estrutura para receber tantas pessoas d e fora para construção da Alpa.

nem casasa nem ruas pavimentadads direito tem . é horrivel.

Anônimo disse...

se não haver estrutura na cidade para saude moradia saneamento basico e segurança.. não vai adiantar muito.. quem tem grana vai ficar mas preço atras de grades em condominio e quem tem pouca grana vai ficar implorando para um atendimento emergencial no hospital municipal e a noite rezar para que seu barraco não seja invadido por ladrões... invista tb em educação, assim teremos mão de obra qualificada na cidade.

sandra / maraba

Luna Sampaio disse...

Euu acho q se nao houver estrutura nessa cidade pra saude, e saneamento básico etc.. nao vaii ser gratificado. Pessoas pobres vão ficar sem o atendimento em hospitais do governo ou municipais, enquanto nós (os ricos) ficaremos com toda a mordomia ... nao podemos esquecer de quem nao tem muitas condiçoes em suua vida ... e como a Sandra disse a noite eles terao que rezar para que nenhum vandalo invada seuu barraco.. pensem tambem na educação dos anafalbetos ! Para que tenham um bom emprego em sua historia de vida.

Grata, Luna Roberta Vieira Sampaio.

Luna Sampaio disse...

oooh

Postar um comentário

Amazonia

Amazônidas: pequeno kaiapó

Amazônidas: pequeno kaiapó
Altamira-Pará Foto Carmen Américo