sexta-feira, 9 de abril de 2010

Amazônia - seja pelos desmatamento total, seja pela mata da Pirelli, a questão ambiental está sempre no "prato do dia"

Em sete de Abril de 2010, a rede blogueira de Belém (PA) disparou alertas contra a destruição da mata da Pirelli -  uma reação contra empreendimento (conjunto residencial) do Governo do Pará, a ser executado pela Companhia de Habitação(COHAB) em Marituba (PA). Um debate que não permite conclusões apressadas.

Segundo seus opositores o empreendimento colocaria em riscos o patriomônio natural da área e também levaria a maior pressão sobre a área de populações tradicionais, neste caso, a comunidade quilobola Abacatal.
Parlamentares e o Ministério Público mobilizam-se. O MPF,  para investigar o processo e não concluiu o procedimento ainda. Os parlamentares liderados por Arnaldo Jordy (PPS)  manifestam-se, com estandartes ambientalistas em riste, contra o desmatamento de 11,4% da área ou exatos 940,45 hectares autorizado pela governadora. Bem, não só contra o desmatamento, mas suas consequências diretas e indiretas que vão desde o impacto à flora até aqueles sobre questão fundiária envolvendo os quilombolas do lugar, e ainda sobre sítio arqueológico existente nas imediações. Dia 07/04/2010 foi o fatídico dia da publicação da autorização para a "supressão florestal".

Em  01/04/2010, a Sema-Pa divulgou a notícia de Criação do Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia - uma unidade de conservação com 6.367,27 ha, está localizada ás margens do Rio Guamá em Marituba. Informava que se trataria  de unidade que  "proporcionará condições ambientais para a existência ou reprodução de espécies de fauna e flora. Destacando ainda que a área abrigaria o Centro de Endemismo de Belém a ser construído no local para proteger espécies ameaçadas de extinção. E ainda, que "o espaço será aberto a visitações para incentivar o turismo ecológico, pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental".

Decorre que a área original da antiga Fazenda Pirelli, agora chamada de Fazenda Guamá é de 7,3 mil hectares. È sobre os 10% restantes que serão desmatados  que paira a discórdia. Nestes dois projetos seriam desenvolvidos pelo Governo do Pará com recursos do Ministério das Cidades.

"No primeiro, o investimento total seria de R$ 176,5 milhões e visa atender de 4 a 9 mil famílias com moradia, gerando 10.700 empregos diretos e 21.400 empregos indiretos. Já o segundo prevê investimentos da ordem de aproximadamente R$ 250 milhões, no qual seriam construídos 15 mil unidades residenciais, empregando diretamente 15.150 trabalhadores e outros 30.300 indiretamente. Os recursos serão oriundos de repasse do Ministério das Cidades e contrapartida do governo do Pará.


"Planejamos uma ocupação gradativa, ordenada, feita com responsabilidade, sem deixar de levar em consideração o entorno da área, minimizando os impactos ambientais que, por ventura, venham a ocorrer em decorrência do projeto", garantiu o representante do governo no Agência Pará.

Bem, o conflito está posto. Governo Estadual e Federal, empreiteiras, clientes dos programas de habitação popular, moradores locais a favor, moradores locais contra, quilombolas, parlamentares da oposição, ambientalistas, comunistas, jornalistas, blogueiros, Ministério Público Federal...

Hiiih !!!! ainda é ano eleitoral!!!

Um empreendimento grande, quase meio bilhão de reais no total, ao lado de uma unidade de conservação. Será que "rola" mesmo ?

Muita gente tá achando que não.

Veja mais no blog da francinete, espaço aberto, no tipo assim ...
Foto Sema-Pa Divulgação, Reorodução (O grito)

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaríamos de ter seu e.mail para enviar informes do movimento socioambiental do Amazonas SOS Encontro Das Águas.

Obrigada
sosencontrodasaguas@gmail.com

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Amazonia

Amazônidas: pequeno kaiapó

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Altamira-Pará Foto Carmen Américo