quarta-feira, 5 de maio de 2010

Amazonia em transe: os impactos da indústria em instalação em Marabá

O blog Quaradouro mostra que a dinâmica do território de Marabá com a chegada da nova siderúrgica é passa por mudanças que stão muito além do prenúncio de progresso que a estampa midiática do proejto quer fazer crer.   Uma mega empreendimento que altera o uso do território e pode influenciar negativamente (não só, e não necessáriamente, o futuro dos moradores locais. O tabuleiro se move. Neste movimento os atores envolvidos tem peso diferente, seguem posições marcadas. Ainda bem que a história não é tão mecânica quanto as regras do xadrex.

 Segue a postagem na íntegra.

"É de angústia a situação das famílias de agricultores do projeto de Assentamento Belo Vale, em Marabá, ameaçadas pelas desapropriações realizadas pelo Estado para implantação da 3ª fase do Distrito Industrial de Marabá, onde a Vale vai construir a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). Ao todo são 62 famílias assentadas pelo Incra a partir de 2003. Belo Vale está no centro da área em fase de aquisição pelo governo estadual para instalação de empresas que possam vir a produzir aço a partir de 2012.



O investimento para implantação da siderúrgica vai custar à Vale US$ 3,7 bilhões, dinheiro que boa parte sairá dos cofres públicos através de financiamento pleiteado junto ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O custo assumido pelo Estado, com dinheiro público, vai sair em torno de R$ 1,5 bilhão.


Segundo relatório do Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp), com estudantes de Ciências Sociais do campus da UFPA local, articulados através do Movimento Debate e Ação, o projeto situa-se à margem esquerda da Transamazônica, sentido Altamira, distante 16 km da área urbana, entre o rio Tocantins, a penitenciária agrícola e os PAs Grande Vitória e Palmeira Jussara. As famílias são migrantes de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Ceará, Piauí e Amapá.
 
Hoje, todas integram a Relação de Beneficiários (RB) da reforma agrária e muitas têm projetos financiados por agências bancárias, para cultivo e criação de gado, na maioria para produção de leite e comercialização de bezerros. Em 2009, Belo Vale obteve produção diversificada e significativa, da ordem de R$ 1.224.122,50. "
 
As informações foram replicados do blog quaradouro.

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Altamira-Pará Foto Carmen Américo